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Analice Nicolau
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Governador do Rio Grande do Sul promete casas em até quatro meses para desabrigados das enchentes

Eduardo Leite ite falha em comunicação e defende ações contra enchentes durante sabatina no Roda Viva. “Talvez há culpa de não ter me expressado bem”, disse sobre sua declaração polêmica que viralizou em relação às fortes chuvas que atingem o estado

Analice Nicolau

21/05/2024 12h00

Eduardo Leite fala sobre construção de casas em edição especial do Programa Roda Viva da TV Cultura

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou nesta segunda-feira (20) a construção de 2.500 casas pré-fabricadas de 44 metros quadrados para as famílias desabrigadas pelas enchentes que assolaram o estado. As casas, que serão construídas em até quatro meses, terão dois quartos, sala, banheiro e cozinha integrada.

Em entrevista ao jornalista Fábio Schaffner no programa Roda Viva da TV Cultura, Leite reconheceu a lentidão na entrega das casas para as vítimas das enchentes do Vale do Taquari, que ocorreram em setembro do ano ado. “Foram 28 casas de 20 metros quadrados, muito pequenininhas, ali em Arroio do Meio, financiadas e construídas pela iniciativa privada, pelo Sindicato da Construção Civil do Rio Grande do Sul. Foram sete meses em abrigos, e nesse meio tempo enfrentaram outras enchentes, tiveram que sair dos próprios abrigos onde estavam alojados”, questionou o jornalista.

“Também fico irresignado com isso, Fábio, a gente tem que ter capacidade de fazer as coisas mais rápido, eu também cobro muito a minha equipe, inclusive. Antes desse evento climático, justamente cobrando pela demora na entrega das casas sobre o Vale do Taquari, é que nós esperamos um processo inovador de contratação. O estado fez uma licitação para a contratação por uma ata de registro de preços de construção de moradias definitivas de 44 metros quadrados cada uma delas, dois quartos, uma sala, banheiro, sala integrada à cozinha, para a construção por blocos de concreto, módulos de concreto, construção rápida que, tendo o terreno com infraestrutura hidráulica e energia estabelecida, podem ser construídas em até quatro meses”, anunciou.

Leite afirmou que o novo modelo de construção, por meio de ata de registro de preços, permitirá agilizar a entrega das casas. “As primeiras ordens de serviço estão saindo agora, então a gente fez essa contratação para 2.500 casas. Como é ata de registro de preços, o estado vai mandar fazer, mas se algum município quiser aderir à ata pode fazer. Inclusive estamos pedindo ao governo federal que a gente possa usar essa ata de registro de preços para o Minha Casa Minha Vida, que tem um processo um pouco mais burocrático e demorado e a gente quer também poder agilizar”, explicou.

O governador ressaltou que o processo de reconstrução do estado é complexo e que vai além da construção das casas. “O volume é enorme, então a complexidade é que mais do que viabilizar a construção são as etapas anteriores, que é poder ter o diagnóstico claro do perfil de cada um para a população, porque você tem extrema pobreza, pobreza, baixa renda, média renda, você tem soluções diferentes, pessoas que têm local, pessoas que não têm esse local adequado para a construção”, disse Leite.

“Vai crescendo a tensão dos abrigos, estupros, facções criminosas”, afirmou Fábio. Além da construção das casas, o governo do Rio Grande do Sul disse que também está oferecendo aluguel social e estadia solidária para as famílias desabrigadas. “Por isso que a gente tem outras soluções acopladas, aluguel social, estadia solidária para aquelas que remanescerem abrigos mais adequados até que a gente tenha toda essa solução encaminhada”, afirmou o governador.

Leite também destacou a importância da parceria com o governo federal para a reconstrução do estado. “O governo federal se propõe, o presidente Lula quando veio anunciou isso, vai ter casa para todo mundo, ele falou, então a gente acredita que vão viabilizar isso”, disse.

Apesar das medidas anunciadas pelo governo, há críticas em relação a lentidão da resposta às enchentes. “É complexo, porque vai envolver casas que estão com a Caixa do Banco Nacional de Domicílios, enfim, tem uma estrutura que a Caixa tem daquilo que ficou, que foi penhorado, tem uma série de unidades que estão com a Caixa. Mas até desembaraçar, resolver, conseguir adequar algumas dessas unidades eventualmente que estão em áreas que foram alagadas também, que estão comprometidas, é uma solução complexa que está sendo desenhada a parte do estado. A gente está viabilizando através de uma contratação de modelo construtivo raro”, explicou o governador.

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