Em um relato emocionante e cheio de vulnerabilidade, a influenciadora digital e apresentadora Márcia Goldschmidt compartilhou em seus stories no Instagram a sua experiência recente com a cirurgia de diástase abdominal, um procedimento que vai muito além da estética e que impactou profundamente sua saúde e qualidade de vida. Márcia, mãe das gêmeas Yane e Vitória, de 12 anos, surpreendeu seus seguidores, nesta segunda-feira (10/03), ao revelar detalhes íntimos de sua jornada, desde o nascimento das filhas até a decisão de enfrentar a cirurgia após anos de dores e desconfortos.

“Gente, vocês não imaginam o que me aconteceu. Agora eu tenho um pouquinho de força pra contar, porque eu estou há seis dias nessa cama. Ai, seis dias ou uma semana, sei lá. Não posso quase me mover, vocês não têm noção”, desabafou Márcia, ainda em recuperação pós-cirúrgica. A influenciadora, já conhecida por ser muito transparente nas redes sociais, decidiu compartilhar sua história para alertar outras mulheres sobre os riscos de negligenciar a diástase abdominal, uma condição comum após a gravidez, mas que pode trazer sérias complicações se não for tratada adequadamente.
Márcia relembrou os desafios que enfrentou após o nascimento das gêmeas, por anos. Ela sofreu de pré-eclâmpsia, uma complicação grave da gravidez, e ganhou 26 quilos durante a gestação. “As meninas nasceram, foi aquela luta toda com a saúde da Yane, dois anos praticamente dentro do hospital por causa do transplante”, contou. Yane nasceu com problemas de saúde que exigiam cuidados intensivos, incluindo um transplante. Durante anos, Márcia dedicou sua vida exclusivamente às filhas, especialmente a Yane, deixando de lado sua própria saúde e bem-estar.

“Eu isolada, sem família, sem apoio nenhum. Vocês sabem, me afastei das redes, da minha carreira, do meu trabalho, de tudo que era vital, essencial pra mim, e assim foram muitos anos voltadas só para as meninas e não pra mim”, confessou. Durante esse tempo, Márcia notou que tinha desenvolvido diástase abdominal, uma separação dos músculos do abdômen que ocorre geralmente após a gravidez. No entanto, assim como muitas mulheres, ela acreditava que se tratava de uma condição normal e que não exigia atenção imediata.
“Foram 8 anos que nem olhei no espelho”, desabafa. Ela conta que durante esse período, ou por muito sofrimento e até episódios de depressão. Mas somente depois da estabilização da saúde de sua filha Yane, Márcia começou a retomar os cuidados com a sua saúde física e mental.
“Eu fazia ginástica, né, não todo dia, não sou ‘rata de academia’, não tenho tempo, né gente? Vocês sabem que eu sofri um golpe financeiro muito grande, eu estou trabalhando desesperadamente pra me manter, pra manter minhas filhas”, explicou. Mesmo praticando pilates em casa, Márcia começou a sentir dores intensas na lombar, inchaço abdominal, fraqueza, dor nas pernas. “Chegou um momento que pensei assim, pronto, eu tenho que operar, tenho que operar”, disse.
Diástase abdominal: um alerta que vai além da estética
Márcia enfatizou que a diástase abdominal não deve ser subestimada. “Eu fiz a cirurgia, porque senão, eu poderia ter até uma obstipação intestinal grave, uma hérnia, poderia ter N outras coisas”, alertou. Ela explicou que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, a diástase pode levar a complicações sérias, como problemas posturais, dores crônicas e até mesmo dificuldades de digestão.
“Então mulherada, a diástase não é uma questão de estética apenas, tá? A diástase, quando é grande, e quando ela vai sendo deixada para amanhã, para depois, ela pode se tornar um problemão, mais um, né?”, destacou. Márcia destacou a importância de buscar tratamento adequado e não ignorar os sinais do corpo, especialmente para mulheres que, como ela, dedicam grande parte de suas vidas aos cuidados dos filhos e acabam negligenciando a própria saúde.
Ao compartilhar sua experiência nas redes sociais, Márcia espera conscientizar outras mulheres sobre a importância de cuidarem de si mesmas. “Eu só estou fazendo, contando para vocês, primeiro porque vocês estão muito queridos, perguntando por que eu sumi, segundo, para fazer esse alerta”, disse. Ela reforçou que a diástase abdominal é um problema de saúde que merece atenção e que, em muitos casos, a cirurgia pode ser necessária para restaurar a qualidade de vida.
Márcia também refletiu sobre as pressões e desafios enfrentados pelas mulheres. “Os homens não têm nada, eles só pagam a pensão, quando pagam, né? E a gente fica com tudo isso, tá vendo?”, brincou, mas com um tom sério. Sua mensagem é clara: ser mulher é uma tarefa que exige força e resiliência, mas também é essencial priorizar o autocuidado.
A recuperação e o futuro
Apesar dos desafios, Márcia está otimista com sua recuperação. “Agora eu tenho um pouquinho de força pra contar pra vocês”, disse, mostrando que está no caminho da melhora. Ela agradeceu o apoio dos seguidores e falou da importância de compartilhar histórias como a sua para que outras mulheres possam se sentir menos sozinhas em suas lutas.