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Comer Rezando
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Minhas apostas para o Restaurant Week

Sabores imperdíveis e menus que fogem do óbvio nesta edição do festival

Max Cajé

28/02/2025 17h55

Atualizada 07/03/2025 18h23

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Foto: Divulgação/Jijoca

Começou mais uma edição do Restaurant Week, e já percebi uma mudança no movimento de algumas casas da cidade por onde ei. O festival conta com mais de 100 participantes, o que acho excelente tanto pela variedade quanto pela oportunidade de os brasilienses explorarem novos lugares. No entanto, essa amplitude também abre margem para alguns deslizes.

Por isso, a coluna de hoje traz minhas apostas em restaurantes que acredito que oferecerão boas experiências, com menus que fogem do convencional.

Começo jogando seguro, com uma indicação da Ticiana Werner. A possibilidade de desfrutar do buffet de antepastos feitos na casa como primeiro o da refeição é, sem dúvida, a melhor entrada do festival. A qualidade e o sabor dos produtos já valem a visita por si só.

Os pratos principais deste ano seguem bem servidos e caprichados nos molhos, temperos e texturas. Acertadíssima a escolha do Cavatelli ao funghi (massa artesanal italiana da região da Puglia, feita 100% com farinha de sêmola grano duro rimacinata, servida com molho de funghi, tomate seco, manjericão e parmesão). O Casarecce negro e camarão (massa com tinta de lula, molho cremoso de parmesão, camarões, bottarga e toque de limão siciliano) estava com um ponto divino, enquanto o prime rib suíno duroc grelhado em manteiga de ervas frescas, acompanhado de risoto de tomate italiano e parmesão, ganhou meu coração apaixonado por carne de porco.

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Foto: Divulgação

A visita também vale só pelo cannoli de ricota de búfala, limão siciliano e pistache, que talvez seja o melhor da cidade.

Vale ficar atento às opções de almoço e jantar para não pedir um prato que só é servido em outro horário. O menu completo está neste link.

Outra escolha acertada foi o Jijoca, que mais uma vez brilhou com sua combinação de terra e mar. O mini ceviche de tilápia estava bem equilibrado, com tempero e acidez na medida certa. Já o croquete de costelinha com molho Jijoca poderia vir em porções gigantes, de tão bom que é.

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Foto: Divulgação

Nos principais, o bobó de camarão com arroz branco e farofa crocante veio bem servido, com um molho saboroso, embora um pouco mais espesso do que o tradicional. Já o talharim da terra (talharim ao molho mornay, filé, chimichurri de tutano e azeite de ervas) mostrou como um bom molho de tutano pode elevar um prato.

Para sobremesa, aposte no pudim de leite com calda de caramelo. Simples, mas lisinho e bem feito, do jeito que deve ser.

O menu do Jijoca está aqui.

Ainda não fui ao Kay Pacha, erro meu, mas o restaurante, que está completando um ano, chamou minha atenção com um menu de cozinha peruana tradicional, bom custo-benefício e muito sabor típico. No almoço, o menu sai por R$ 54,90, e no jantar, por R$ 69,00. Algumas das opções incluem tamal de porco (massa temperada de mote, milho branco andino, recheada de pernil marinado e assado em folhas de banana), tacu tacu con picante de mariscos (massa de feijão temperado e arroz, fritos até ficar crocante, banhada com molho de pimentas peruanas) e guargueros (massa doce frita peruana recheada de doce de leite e coberta de açúcar confeiteiro).

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Foto: Divulgação

Para quem, assim como eu, ainda não conhece a casa, é uma excelente oportunidade. O menu completo está aqui.

A Benita Paninoteca ganhou destaque recentemente por aqui com seu menu fixo, que me surpreendeu positivamente. Por isso, aposto que a qualidade no RW será mantida. Todas as massas que provei estavam no ponto certo, e as porções, generosas.

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Foto: Divulgação

Minhas escolhas seriam: Chica doida com chips de jiló (massa cremosa de milho equilibrada pelo sabor marcante da linguiça e queijo, assada na palha de milho, acompanhada de chips de jiló) como entrada; polenta cremosa com picadinho caipira no molho de cerveja e chips de raízes como prato principal; e entremet de queijo e goiabada para fechar.

O cardápio está aqui.

Por fim, recomendo muito uma visita ao Zante Taverna Grega. Conheci a casa na edição ada do festival e sigo indicando para quem quer fugir do convencional.

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Foto: Divulgação

A pipoca de kalamari (anéis de lula empanados com molho tirokafteri, à base de pimentão e queijo feta) é aposta certeira nas entradas, assim como a moussaka (camadas de berinjela e batata assadas no azeite, molho béchamel e carne moída refogada na redução de tomate, finalizadas com gratinado de queijo parmesão) entre os principais. Para sobremesa, o baklavá (massa filo assada com castanhas, pistache e calda de flor de laranjeira) fecha tudo com chave de ouro.

O menu está aqui.

Menções honrosas: Piselli, Same Same But Different, Almería, Doc Clássico, Izakaya Sakeyo e meu queridinho Cantón. O Nonna Augusta me chamou a atenção, mas já recebi relatos de que a comida está pecando na falta de tempero e sal. Fica o alerta, Nonna!

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