A colunista Julianne Cerasoli do UOL definiu muito bem: essa é a melhor temporada da era híbrida da Fórmula 1! Eu iria até um pouco além, para mim essa é a melhor temporada de Fórmula 1 desde 2008, quando Massa bateu na trave e Hamilton levou o caneco em Interlagos.
O que tornou a competição tão interessante foi o crescimento técnico da RedBull, uma maior competição entre as equipe de “meio” (tenho torcido muito pela McLaren!) e, a cereja do bolo, a briga na ponta entre Lewis Hamilton e Max Verstappen. Os dois pilotos protagonizam uma disputa com tudo que queremos ver: pontos suados em cada volta, batidas, ultraagens, acertos e erros de estratégia. Em 2021 o que não falta é emoção!

Como bons atletas que são, os pilotos da Mercedes e da Red Bull não estão deixando na pista nenhuma brecha. O acidente entre os dois na Itália, por exemplo, foi uma das melhores momentos do ano, e me lembrou a disputa entre Senna e Prost no início dos anos 90.
Hamilton, pela primeira vez nos últimos anos chega à essa altura da temporada com sua hegemonia de 7 títulos questionada pelo jovem e agressivo piloto, que disputa cada centímetro do asfalto com seu motor Honda (mesma marca que Senna usou na McLaren em seus anos de tricampeonato).
Interlagos é uma pista muito técnica onde a chuva sempre (ou quase sempre) cai. É o palco perfeito para o próximo capítulo dessa disputa que tem chamado atenção do mundo. Em diversos momentos da história, o circuito paulista definiu o futuro do campeonato. Em uma semana onde as equipes saíram do México (depois de um espetáculo de corrida e da torcida local) chegam agora ao Brasil cansados da sequência intensa para montar o circo da Fórmula 1.
A depender do resultado, entre erros e acertos na pista, aqui no Brasil poderemos ter uma noção mais clara de quem levantará a taça mais disputada dos últimos tempos.