Falei ontem aqui na coluna, em tom de brincadeira e ironia, que o Brasil nunca iria se transformar numa Venezuela, e que Fernando Diniz se encarregaria de provar isso.
Mas o Brasil de Fernando Diniz naufragou cedo. Até agora foram três jogos contra adversários fraquíssimos (Bolívia, Peru e Venezuela), e, após uma estreia razoavelmente boa, começou a entrar numa inexplicável depressão técnica.
Contra a Venezuela, nesta quinta-feira (12), foi um deserto de ideias. Do meio para frente, Diniz esboçou, pelo menos no papel, o que ele acha que tem de melhor: Casemiro e Bruno Guimarães como volantes; Rodrygo, Neymar e Vini Jr como responsáveis pela construção de jogadas ofensivas; e Richarlisson como finalizador.
Não deu certo, não. amos o jogo inteiro com uma posse de bola superior a 70%, mas sem nenhuma inspiração. Quase não criamos chances de gol, a não ser em chutes de fora da área.
Rodrygo e Vini Jr tiveram atuações vexatórias; Richarlisson é uma piada (por que ele com a camisa 9 e não o artilheiro Tiquinho Soares?), e Neymar ou o jogo inteiro tentando levar um cartão amarelo, certamente para algum compromisso com os “parças”.
O máximo que o nosso camisa 10 conseguiu foi um pacote de pipoca que um torcedor atirou em sua cabeça, no final do vergonhoso empate com a Venezela.
Sobre o dinisismo
Mas é importante falar sobre o dinisismo, se é que isso realmente existe. O dinisismo tinha a obrigação de encontrar alternativas para furar as duas linhas de 5 que o técnico Fernando Batista montou lá atrás.
O dinizismo não pode se resumir àquela irritante e perigosa saída de bola, que, afinal, não resulta em qualquer benefício para a estratégia de jogo. As vezes um chutão pode ser mais eficiente.
Então, meus caros amigos (as), o prazo de validade do tal dinizismo pode ser muito mais curto do que supúnhamos. A sorte é que Carlo Ancelotti ainda não é uma hipótese totalmente descartada.
Mais sorte ainda é que a Copa do Mundo 2026, que terá 48 participantes, abrirá seis vagas para a América do Sul e mais uma com possibilidade de disputar a repescagem.
Ainda que a CBF colocasse o Santa Cruz com a camisa da Seleção, mesmo assim conseguiríamos, com certeza, uma vaguinha na Copa.
Em tempo: usei o Santinha como exemplo porque o tricolor pernambucano é um time “fora de série”: foi eliminado até da Série D.
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