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Futebol ETC
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Sexo, futebol e tabu: o dono da ‘Fatal Model’ quer patrocinar seu time

Por trás do site de acompanhantes mais famoso do Brasil, há uma estratégia ousada para conquistar espaço nos gramados – e desafiar os tabus

Marcondes Brito

27/04/2025 5h24

Atualizada 07/05/2025 22h31

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Reprodução

Na edição desta semana da revista Veja, Samuel Ongaratto, da plataforma Fatal Model, abriu o jogo sobre sua relação com o futebol. O ex-professor de empreendedorismo que virou empresário de um setor considerado marginalizado enfrenta o preconceito de frente – e com bola rolando. Em entrevista, ele revela bastidores surpreendentes e as barreiras enfrentadas ao tentar unir o universo dos acompanhantes com o mundo conservador dos clubes brasileiros.
Destaquei a seguir 10 tópios que considerei importantes nessa matéria da Veja:

1. A entrada no jogo
Duda conta que o caminho para o futebol começou com os pés no chão. A Fatal Model iniciou o patrocínio por times pequenos da Série B. “Fizemos um trabalho de formiguinha”, relembra, até chegar a um clube da Série A: o Vitória.

2. Rejeição logo de cara
A primeira reação dos clubes? Resistência. A marca enfrentava o preconceito típico de quem ousa misturar futebol com temas considerados “impróprios”. A missão: explicar aos dirigentes que não se trata de exploração, mas de uma plataforma legalizada e segura.

3. “Não somos cafetões virtuais”
A frase virou manchete. Duda insiste que o site é um marketplace para adultos, com verificação facial e documental, e que não lucra com os encontros em si. “Nosso desafio é sempre explicar que não somos cafetões.”

4. A polêmica Paul Pogba
Em um dos episódios mais inusitados, Duda revelou que a Fatal Model se ofereceu para pagar o salário do astro francês Paul Pogba numa negociação com o Corinthians. O clube agradeceu – e recusou de imediato. “Até hoje não sei o motivo.”

5. O tabu dos estádios
Críticos questionam o patrocínio em locais frequentados por crianças. Duda rebate: “É mais fácil criticar isso do que propagandas de bebidas ou mulheres de biquíni”. E reforça: a plataforma não exibe conteúdo explícito.

6. Prostituição ainda é tabu
“É a profissão mais antiga do mundo”, diz ele. Para Duda, a sociedade prefere esconder o tema, enquanto o mercado já mudou: “Tem gente formada, com filhos, atuando com responsabilidade.”

7. Homens em campo
Ele observa uma tendência: cada vez mais homens oferecendo serviços na plataforma – e também mulheres buscando contratar acompanhantes, o que sinaliza novas dinâmicas sociais.

8. Faturamento sem sexo
A receita da empresa, estimada em R$ 10 milhões mensais, vem de s, impulsionamento de perfis e publicidade, inclusive no futebol. Nenhum valor é cobrado por encontros.

9. A ideia fora da caixinha
O projeto nasceu na Universidade Católica de Pelotas. Duda era professor, e um aluno lhe propôs criar um “marketplace de acompanhantes”. Ele achou a ideia maluca – mas embarcou.

10. O preconceito dentro e fora de campo
Por fim, Duda vê o futebol como uma arena de desafios. “É um ambiente conservador. Mas, aos poucos, estamos mostrando que podemos ocupar esse espaço com seriedade e profissionalismo.”

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