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Histórias da Bola
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GENTÍLICOS EXPULSOS

Jogadores apelidados por Baiano desapareceram do futebol brasileiro

Gustavo Mariani

05/03/2025 9h32

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Baiano

Em 22 de janeiro de 1933, rolou Vasco da Gama 6 x 2 Serrano-RJ, amistosamente, no campo da Terra Santa, em Petrópolis-RJ, com Bahia (2) e Bahianinho comparecendo ao filó, em dia que o técnico Harry Welfare escalou o seu ataque com: Bahianinho, Bahia, Mamão (Badu), Nélson e Orlando Rosa Pinto. 

Durante 90 temporadas, o Bahianinho ficou sendo o atleta mais jovem a vestir a camisa do futebol vascaíno. Teria 14 anos, seis meses e sete dias, enfrentando, amistosamente, o Flamengo (26.06.1926). O erro foi corrigido, em 2023, pelo Centro de Memória do Vasco da Gama, ao constatar que, na verdade, ele tinha 20 anos, um mês e dois dias, o que ou a glória jovial para Bismarck, com 16 anos, quatro meses e 14 dias, durante amistoso Vasco x Seleção de Rio das Flores-RJ (319.01.1986) – em jogos oficiais, o mais jovem muda de nome e a a se chamar Rayan, com 16 de iade, cinco meses e 16 dias, encarando o Audax-Rio (19.01.2023), pelo Estadual-RJ.    

Embora chamado por Bahianinho, este era português, chegara ao Brasil com dois de idade e trazendo certidão de nascimento com o nome de Daniel Augusto Madaleno. Tornou-se Bahianinho porque, quando garoto, ajudava uma baiana a vender cocadas pelas ruas do Rio de Janeiro. Já o colega Bahia nascerao no Ro de Janeiro (02.12.1910). Registrado por Antônio de Almeida, ajudu a escrever história em que, pela primeira vez, um time entrava em campo com Bahia e Bahianinho não sendo baianos.

 Mas nem só a Turma da Colina tinha baiano que não era baiano.  O Fluminense teve o goleador chamado por Baiano, mas nascido no Espírito Santo, mais precisamente em Vila Velha (14.05.1952). Registrado por Valmeci José Margon, brilhou mais pelo pernambucano Náutico, tendo sido Chuteira de Ouro-1982 (goleador) e bicampeão estadual-1984/19854.

Se o tricolor carioca teve um Baiano, em 1982 – por 16  jogos e três gols -, o paulista, também, teve o dele, e antes. Chamava-se Carmo David e era nascido (25.07.1939), em Tabatinga, no interior paulista, tendo vivido por quase oito décadas. Por ter sido o principal golrador da  Ferroviária de Araraquara, em 1958/59/60, foi levado pelo São Paulo e chegou à Seleção Brasileira. Entre 1961/64, disputou 123 partidas e marcou 61 gols pelo time são-paulino.

É meio-esquisito, mas dos jogadores apelidados por Baiano e que fizeram sucesso nesses tempos mais pós-modernos, somente um era verdadeiramente baiano: Dermival de Almeida Lima, nascido em Capim Grosso (28.06.1978) e que vestiu camisas como as do Palmeiras, Santos e do argentino Bocas Juniors, além da Seleção Brasileira sub-23, por 18 jogos e dois gols, entre 1999/2000.

Dos “Baiano” com “double name”, Fernando Baiano, ex-corintiano, era paulista. Só mesmo Júnior Baiano, Toninho Baiano e Fábio Baiano, três antigos flamenguistas, tinham certidão de nascimento lavradas em seu estado. Hoje, com os empresários catando nomes pomposos pra negociar atletas para o futebol europeu, dificilmente, teremos mais um Baiano. No lugar deles, irão  Werleys, Mozers, Richarlyson, Anthony, Willy, etc

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