Explorando o rico universo do aprendizado, diversas teorias surgiram ao longo dos anos, buscando decifrar essa complexidade. Watson, por exemplo, propõe que a aprendizagem é resultado exclusivo de estímulos e experiências, sem depender de capacidades inatas. Por outro lado, a Teoria Sociocognitiva de Bandura, conhecida como teoria da aprendizagem social, enfatiza a observação e imitação de modelos sociais como catalisadores do aprendizado humano.

Do ponto de vista da neurociência, o processo de aprendizagem envolve a transformação de estímulos físicos ou químicos captados pelos órgãos sensoriais (pele, língua, nariz, ouvidos e olhos) em impulsos elétricos ou sinapses, que são então processados pelo hipocampo do cérebro (responsável pleo armazenamento de novas informações) até serem consolidados no córtex cerebral.

A memória, por sua vez, desempenha um papel fundamental nesse processo, sendo associativa por natureza. Quanto mais variedade de associações uma informação recebe, mais firmemente ela se fixa na mente. Há, ainda, outras memórias potencializadoras do processo de aprendizagem. As lembranças de situações vividas durante o dia ou imagens de uma viagem especial compõem as memórias episódicas. Já um conhecimento adquirido que contribui para enriquecer seu repertório mental, como o domínio de um segundo idioma, por exemplo, representam as memórias semânticas.

Essas memórias episódicas e semânticas são declarativas e se expressam de forma consciente por meio da linguagem. Elas contrastam com as memórias não declarativas ou procedurais que representam um tipo de memória implícita, como as habilidades motoras, que ocorrem de forma quase automática, e nos permite fazer certas tarefas sem pensar sobre elas, como escovar os dentes, vestir-se, andar de bicicleta…
A memória pode ser classificada em três grupos:
- Curto prazo: retém informações temporariamente;
- Médio prazo: processa informações a caminho da memória de longo prazo, no córtex;
- Longo prazo: armazena informações de forma duradoura.
Assista a este vídeo sobre Memórias de curto, médio e longo prazo:
Para aprimorar o processo de aprendizagem, alguns insights são valiosos. Confira:
Priorize o sono REM, essencial para a consolidação da memória após o aprendizado.

Evite o excesso de estresse, pois pode interferir nas mudanças neuroquímicas necessárias para o aprendizado.

Cultive um humor positivo, pois contribui para concentração, retenção e prática do que foi aprendido.

Equilibre o relaxamento com a motivação, evitando estresse em excesso que prejudique a absorção de conhecimento.

Estimule a motivação, pois o desejo genuíno de aprender impulsiona significativamente o processo de aprendizagem.

Por fim, utilize associações para conectar o novo conhecimento a conceitos previamente conhecidos, facilitando sua assimilação e armazenamento.
Fontes: Conceito/Elementos de Aprendizagem – Must University, FL-USA;
Canal/YouTube: A Neurociência da Aprendizagem.