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Festival Batida Afro: música contra a discriminação

Arquivo Geral

10/08/2016 7h45

Fabio Seixo Ag O Globo

Larissa Galli
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No sábado tem música no Centro Cultural Banco do Brasil. O segundo e último dia do Festival Batida Afro traz à capital ritmos nascidos dos encontros entre a cultura brasileira e de outros países, como o samba, afrobeat, afoxé, hip-hop, soul e funk, com a proposta de resgatar influências africanas na música popular contemporânea brasileira.

Na segunda semana de festa, a música fica por conta da Orquestra Reciclando Sons, da cidade Estrutural, que abre os trabalhos, às 17h30; seguida pela percussionista brasiliense Nanãm Matos e pelo trio paulista Metá Metá. Autor de canções emblemáticas como A Rã, a atração principal é o pianista carioca João Donato, que traz apresentação de seu novo álbum, Donato Elétrico, formado por composições inéditas do artista e produzido em parceria com a banda Bexiga 70.

O festival tem curadoria da produtora cultural Katia Cesana, que criou o projeto dois anos atrás, com o objetivo de fazer a conexão da música e da arte entre o Brasil e a África. “A ideologia do projeto é fazer com que a música seja um instrumento de mudança, para acabar com toda discriminação étnico-racial e mesclar as duas culturas, divulgar isso para o mundo”, explica Katia.

De acordo com a curadora, o grupo Metá Metá é o coração do festival. “A musicalidade do grupo e a vocalista Juçara Marçal foram as minhas inspirações para desenvolver esse projeto”, declara. Pela terceira vez em Brasília, Juçara está animada com a apresentação: “Adoramos mostrar nosso trabalho em outras cidades”.

Miscigenação

Satisfeita com o resultado do primeiro dia de festa, sábado ado, que trouxe a Brasília artistas como Emicida e Muntchako, Katia destaca a mistura e a energia do público durante o evento. “Tinha branco, negro, índio, brasileiro, africano, gays… A miscigenação era imensa, e isso mostra que o festival alcançou seu objetivo”.

A curadora também comenta a possibilidade de uma segunda edição do projeto, “para continuar a batalha, porque a música é só um instrumento para mudar as pessoas, e entender que todo mundo é igual”.

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