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TV/Streaming

“Beleza Fatal” de Raphael Montes encerra com desfecho surpreendente

Com reviravoltas eletrizantes e um final colaborativo com Camila Pitanga, a novela redefine o formato de produção para o streaming

Tamires Rodrigues

21/03/2025 5h00

Atualizada 27/03/2025 11h23

raphael

Foto: Divulgação

Raphael Montes, escritor renomado na literatura e teledramaturgia brasileira, surpreendeu os fãs ao anunciar que Beleza Fatal, sua primeira novela produzida para a plataforma Max, não terá uma segunda temporada. A produção chega ao fim nesta sexta-feira (21), com a exibição do último capítulo, encerrando uma trama que se manteve fiel à proposta inicial: 40 episódios, com um final impactante, digno de uma produção que já é considerada um marco no streaming nacional.

Em entrevista exclusiva ao Jornal de Brasília, Montes compartilhou sua visão para a novela: “Para mim, foi um desafio muito feliz. Confesso que sou movido por desafios, então ter a chance de fazer uma novela com um formato tão clássico, mas também com um ar de novidade, foi muito interessante. Eu queria pensar, quando criei a novela, como seria essa nova novela. Para mim, é uma espécie de produto novo para o público brasileiro.”

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Foto: Divulgação

Ele explicou sua inspiração: “Eu queria que Beleza Fatal trouxesse elementos clássicos das novelas que todos os brasileiros adoram, como A Próxima Vítima, Como Belíssima!, Laços de Família, Celebridade e Paraíso. Eu queria ter esses elementos dos romances clássicos, então temos uma vilã carismática, uma mãe guerreira, uma garotinha vingativa, mas, além disso, tive que trazer o frescor do streaming e a agilidade desse formato.”

Montes também destacou a rapidez no desenvolvimento da trama: “Foi um romance que acontece muito rápido. Recebi muitos comentários de pessoas dizendo: ‘Rafa, comecei a ver e não consigo parar’. Isso me deixa muito feliz.”

A trama, que mistura suspense com humor ácido, é uma característica marcante no estilo do autor. “Minhas histórias, como Secret Dinner, Perfect Days e A Happy Family, são conhecidas por serem repletas de surpresas e reviravoltas. E Beleza Fatal brinca muito com esses dois elementos. É uma história que tem muitas cenas de tensão, mas também é um romance leve e divertido. Não é um romance pesado; é um romance para você rir. Porque, não importa o quão difíceis as coisas se tornem, os personagens são divertidos, complexos e interessantes.”

Montes também falou sobre o conceito de vingança na trama: “Primeiro, tive a ideia da história que queria contar. Eu queria a história de vingança em que ela acontece rapidamente, mas estava interessado em entender o que acontece depois disso. Quando você se vinga, o que vem em seguida? Quem assistiu aos 20 episódios já percebe que a vingança aconteceu: a jovem conseguiu o que queria, mas ela percebe que queria muito mais do que imaginava.”

Com esses elementos de tensão, humor e reviravoltas, Beleza Fatal conquistou tanto a crítica quanto a audiência, consolidando Montes como uma das vozes mais inovadoras da atual teledramaturgia.

O fim de Lola: uma construção colaborativa com Camila Pitanga

Um dos grandes destaques dessa temporada foi a interpretação de Camila Pitanga, que trouxe vida à vilã Lola, uma empresária ambiciosa e sem escrúpulos. Segundo Montes, a atriz teve um papel essencial na construção do final de sua personagem. “Após ler o roteiro original, Pitanga entrou em contato comigo, sugerindo ajustes no desfecho para torná-lo mais fiel à essência de Lola”, revelou o autor. “Juntos, revisamos a cena, garantindo um desfecho emocionante e memorável.”

A novela como um novo marco para o streaming brasileiro

Com Beleza Fatal, Montes não só entregou uma novela de sucesso como também ajudou a redefinir o formato no streaming. A produção, que foi lançada com episódios diários até o penúltimo capítulo, adotou uma estratégia ousada ao liberar os últimos episódios de uma vez, permitindo que o público se preparasse para o final de forma coletiva. A decisão de transmitir o capítulo final ao vivo, à maneira das novelas tradicionais, foi uma forma de reviver a emoção compartilhada das grandes estreias, algo raro no modelo atual de produção serializada.

Além disso, o elenco de peso, composto por nomes como Giovanna Antonelli, Caio Blat, Marcelo Serrado e Herson Capri, fez com que Beleza Fatal se tornasse um sucesso ainda mais relevante. A novela foi tão bem recebida que ganhou uma exibição na TV aberta, na Band, ampliando seu alcance para uma audiência ainda maior.

O impacto vai além da tela

Gravada em um estúdio em Osasco, que se transformou no vibrante “Projasco”, Beleza Fatal também se destaca em termos de produção visual. Sob a direção de Maria de Medicis, a novela equilibrava uma estética moderna com uma narrativa tensa e intensa, explorando questões sociais e familiares, com destaque para a obsessão pelo corpo perfeito e os riscos dos procedimentos estéticos.

Montes celebrou a liberdade criativa que teve durante o processo. A colaboração com a Max permitiu uma abordagem mais ousada e autêntica. “Ao invés de seguir as fórmulas tradicionais das novelas, entreguei uma trama que, embora clássica em sua essência, rompe com as convenções do gênero e se mantém fiel à proposta inicial”, concluiu o autor.

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