Ex-governador de Minas Gerais, Magalhães Pinto costumava dizer que “a política é que nem nuvem; você olha, está de um jeito; olha de novo, está de outro”. No início da semana, a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados parecia indefinida.
Nas últimas horas, porém, uma conjunção de fatores fortaleceu muito a candidatura do deputado do Republicanos, Hugo Motta. E, como falamos aqui na quarta-feira (30), o principal fator a virar esse jogo foi a decisão do atual presidente, Arthur Lira (PP-AL), de retirar da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o projeto que trata da anistia aos presos do 8 de janeiro, que se pretendia estender ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Esse projeto estava sendo colocado na mesa de negociação pelo PL e pela direita, o que atrapalhava conversas com o governo, o PT e o campo da esquerda. Retirado o projeto, as conversas se tornaram mais fáceis. No fim da tarde de quarta-feira, o PT fechou apoio a Hugo Motta. Hoje, calcula-se que ele á tem a maioria para se eleger em fevereiro, na sucessão de Lira. E sua candidatura poderá crescer ainda mais. Como avalia Rudolfo Lago no JBrNews de hoje.