As reações à tragédia no Rio Grande do Sul trouxeram de volta os debates políticos sobre as mudanças climáticas e o aquecimento do planeta. Diante da emergência do que acontece no Sul, intensificou-se no governo e no Congresso a ideia de que é preciso pensar em ações mais efetivas para se prevenir e combater episódios climáticos que deverão ficar cada vez mais extremos em todo o planeta. Essa ideia, porém, voltou a gerar reação no Congresso dos negacionistas, embora agora eles pareçam em maior número.
O debate no Senado sobre projeto da deputada Tábata Amaral (PSB-SP), que prevê um plano de diretrizes para a prevenção do aquecimento global teve a oposição de senadores como Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e até de Hamilton Mourão (Republicanos), do Rio Grande do Sul. Flávio chegou a dizer que se houve no Rio Grande do Sul um episódio de enchentes em 1941 isso era sinal de que a culpa não é do aquecimento global. Episódios de enchentes sempre houve. O problema é que eles vão se tornando mais intensos e mais frequentes.
Assim, ainda há espaço para o negacionismo climático? É o que discutem Alexandre Jardim e Rudolfo Lago no JBrNews de hoje.