Depois de cair na primeira fase dos playoffs (mata-mata) da NBA em junho de 2021, o Los Angeles Lakers volta em outubro com o mesmo objetivo da temporada anterior: conseguir o 18° título e ser o maior vencedor da história da liga. Como estamos na 75ª temporada da NBA, o gostinho seria ainda mais especial, ainda mais porque com 17 títulos há um empate com o arquirrival Boston Celtics.
Nas plataformas das melhores casas de apostas os Lakers são o time com maior favoritismo na Conferência Oeste, mas fica um pouco atrás nas odds do Brooklyn Nets, outro time recheado de estrelas, mas que joga a Conferência Leste.
Nos sites de apostas é possível dar o palpite de quem será o campeão quase um ano antes da decisão. A base para calcular as probabilidades são os jogadores envolvidos, concorrência, resultados recentes e contratações. Os Lakers, para serem os melhores do Oeste, vão bem em todos os critérios. Mas há razões para ficar desconfiado.
LeBron James não é mais um garoto
LeBron fará 37 anos em dezembro e está na NBA desde que tem 18 anos, já que pulou diretamente do ensino médio para os profissionais, sem ar pela universidade, como é comum nos Estados Unidos.
Seu cuidado com o corpo é inegável e sua forma física é invejada até por quem está entrando na liga. Só que tudo tem seu fim e algumas lesões nos últimos anos preocupam mais do que preocupariam 10 anos atrás.
A temporada da NBA é uma das mais exigentes no calendário esportivo, com 82 jogos entre outubro até abril, mais os playoffs que definem a temporada. O campeão costuma ar de 100 jogos disputados em 9 meses. Além disso tem as viagens, que mesmo com aviões particulares, não são fáceis de encarar.
Os Lakers não parecem muito preocupados com isso porque a estratégia para a temporada foi reformular o elenco e trazer muitos jogadores veteranos.
Os vovôs de Los Angeles
Apenas três jogadores da temporada ada ficaram: LeBron, Anthony Davis e Talen Horton-Tucker. A reconstrução foi grande.
Carmelo Anthony chegou de Portland e tem 37 anos. Trevor Ariza volta aos Lakers, onde foi campeão uma década atrás, e tem 36 anos. Rajon Rondo e Dwight Howard, campeões em 2020, também voltam, mas, claro, mais velhos, com 35 e 33 anos. DeAndre Jordan também tem 33 anos.
A grande contratação para a temporada foi a troca por Russell Westbrook. O dinâmico armador tem 32 anos e teve uma boa recuperação em Washington, conseguindo somar muitos triplos-duplos pelos Wizards. Mas ele já teve lesões sérias e seu jogo é completamente baseado no físico.
Quem realmente está no auge é Anthony Davis, com apenas 28 anos apesar de seus 10 anos de liga já e inúmeros feitos, inclusive o título da NBA em 2020. O problema é que ele sempre sofreu com lesões, inclusive na última temporada, quando sua contusão foi basicamente a pá de cal para a eliminação contra o Phoenix Suns na primeira rodada dos playoffs.
Não é só coisa ruim
Todos os jogadores citados são talentosos e se há uma pessoa que sabe extrair o melhor de seus companheiros e fazer todos desempenharem um papel é LeBron James. A comissão técnica encabeçada por Frank Vogel também é muito competente.
Ou seja, há sentido de os Lakers estarem com toda a moral para serem os favoritos do Oeste e protagonistas de uma possível final contra o Brooklyn Nets. Além disso não há time perfeito e infalível na NBA, ainda mais porque uma lesão pode derrubar qualquer time e as expectativas criadas nele.
Mas veremos se este experimento com tantos jogadores de idade avançada dará certo na 75ª temporada da NBA. O primeiro a ser visto nos meses iniciais de temporada é qual será o quinteto para começar as partidas que Vogel irá escolher e quais serão os papéis de cada um dos veteranos. Além, é claro, se teremos briga de egos, o que não é provável com LeBron no comando.
O segundo será observar se o time consegue se manter longe do departamento médico. Esse é um verdadeiro desafio.