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Brasil

Governo do Acre suspende aulas em razão da intensidade da fumaça de queimadas

O governo do estado não deu prazo para o retorno das atividades. A secretaria disse que monitora a situação e que um novo comunicado será feito no momento oportuno

Redação Jornal de Brasília

05/09/2024 12h17

Foto: Reprodução

FRANCISCO LIMA NETO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

As aulas nas escolas estaduais do Acre foram suspensas nesta quinta-feira (5) pela Secretaria de Estado de Educação e Cultura em razão da intensidade da fumaça proveniente de queimadas.

“A medida visa preservar a saúde e o bem-estar dos estudantes, professores e demais profissionais da educação, visto que as condições atmosféricas atuais podem agravar problemas respiratórios e outras complicações à saúde”, afirmou.

O governo do estado não deu prazo para o retorno das atividades. A secretaria disse que monitora a situação e que um novo comunicado será feito no momento oportuno.

“Pedimos a compreensão de todos e reforçamos a importância de seguir as recomendações das autoridades de saúde para minimizar os efeitos da exposição à fumaça”, acrescentou a pasta.

Por causa da fumaça, o governo do Acre já havia suspendido a prática de atividades físicas nas escolas até que a qualidade do ar voltasse à normalidade e recomendou o uso de máscaras.

O recorde de queimadas na amazônia brasileira em agosto, que já era anunciado em dados parciais para o mês, agora se confirmou. Com o pior registro desde 2005, os 38.266 focos de incêndio registrados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que a rotina de fogo e fumaça deve se manter.

O corredor de poluição que circula do Norte e de parte do Centro-Oeste rumo a Sul e Sudeste deve continuar a afetar parte do país da mesma forma, já que a previsão é de chuva abaixo da média no país entre setembro e novembro.

Nos próximos dias, uma frente fria pode ajudar a aliviar brevemente o calor, mas vai piorar a situação em regiões do Sul e do Sudeste -incluindo São Paulo- antes da sua chegada.

Entre os estados do bioma amazônia, segundo o BDQueimadas, do Inpe, a liderança de focos fica com o Pará, com 13.803 registros, seguido por Amazonas, com 10.328 -recorde da série histórica- e Mato Grosso, 7.046.

No Amazonas, o município com mais focos de incêndio registrados pelo Inpe é Apuí, no sul do estado, cujos números quase quadruplicaram na comparação com agosto de 2023. A cidade tomou o primeiro lugar de Lábrea, que também viu os números mais que dobrarem -1.959 focos em agosto deste ano contra 867 em 2023.

Os dois municípios estão localizados numa região por onde a fumaça dos incêndios a antes de seguir para o Sul do país, com contribuições de incêndios nos vizinhos Acre e Rondônia, Pará e Mato Grosso e também em países como Bolívia, Paraguai e Argentina.

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