Menu
Mundo

Chile anuncia reforço de sua fronteira para possível nova onda migratória da Venezuela

“Há uma preocupação de que isso possa se intensificar, portanto, certamente temos que nos preparar”, declarou a jornalistas do Ministério do Interior, Carolina Tohá

Redação Jornal de Brasília

01/08/2024 15h00

venezuela election vote aftermath protest

Um oponente do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro bate uma a durante um protesto no bairro Catia, em Caracas, em 29 de julho de 2024, um dia após as eleições presidenciais venezuelanas. Os protestos eclodiram na segunda-feira em partes de Caracas contra a vitória reeleitora reivindicada pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, mas contestada pela oposição e questionada internacionalmente, observaram jornalistas da AFP. (Foto de YURI CORTEZ/AFP)

O Chile anunciou nesta quinta-feira (1º) que fortalecerá sua fronteira norte e buscará colaborações com outros países para enfrentar a nova onda migratória da Venezuela após a reeleição do presidente Nicolás Maduro, denunciada como fraude pela oposição.

“Há uma preocupação de que isso possa se intensificar, portanto, certamente temos que nos preparar”, declarou a jornalistas do Ministério do Interior, Carolina Tohá.

O novo fluxo de migrantes “não é algo que vai acontecer nas próximas horas, mas pode acontecer nas próximas semanas e meses, por isso, temos que nos preparar e não nos preparar sozinhos, mas sim coordenarmos com outros países”, acrescentou.

O Chile tem, no norte, quase 1.000 km de fronteira, que divide com o Peru e a Bolívia. Em fevereiro de 2023, o país mobilizou militares na área na tentativa de controlar a entrada de migrantes por agens irregulares.

O subsecretário do Interior, Manuel Monsalve, chegou nesta quinta à cidade de Iquique, 1.800 km ao norte da capital Santiago, para visitar Colchane, uma pequena comuna andina na fronteira com a Bolívia que é o ponto mais utilizado pelos estrangeiros para entrar no Chile.

Monsalve anunciou um reforço no patrulhamento de toda a faixa fronteiriça, com um aumento de militares destacados e a inclusão de uma segunda linha de controle nas estradas que levam a diferentes cidades chilenas.

Também disse que antecipará a compra de equipamentos e melhorará a capacidade de monitoramento aéreo com drones e novas câmeras.

Assim como o Chile, outros governos da região têm uma nova chegada em massa de venezuelanos após a reeleição de Maduro, contestada pela oposição. Durante a última década, 7,5 milhões de pessoas deixaram a Venezuela, segundo estimativas da agência da ONU para Refugiados (Acnur).

© Agence -Presse

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado