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Governo do Talibã proíbe artes marciais mistas no Afeganistão

As autoridades islâmicas assumiram o poder em 2021 e, desde então, aplicaram uma interpretação rigorosa da lei islâmica

Redação Jornal de Brasília

28/08/2024 12h34

Foto: AFP

O governo do Talibã proibiu as artes marciais mistas (MMA) no Afeganistão por considerá-las incompatíveis com a ilha, declarou, nesta quarta-feira (28), uma autoridade esportiva.

A ordem foi dada pela polícia da moralidade, sob o Ministério da Propagação da Virtude e Prevenção do Vício (PVPV), após uma investigação sobre a conformidade do esporte com a lei islâmica, de acordo com essa declaração e com a mídia local.

“Foi apresentado que esse esporte é especial para o ponto de vista da sharia (lei islâmica) e que inclui numerosos aspectos contraditórios aos ensinamentos do islã”, declarou a autoridade esportiva do governo talibã em um comunicado transmitido à AFP.

Um responsável da autoridade esportiva declarou que um veículo de comunicação que o MMA, esporte muito popular no Afeganistão, foi proibido em parte por ser considerado muito violento e apresentar perigos de lesão, incluindo a morte.

As autoridades islâmicas assumiram o poder em 2021 e, desde então, aplicaram uma interpretação rigorosa da lei islâmica.

Há menos de uma semana, uma nova lei foi promulgada no país com o objetivo de “promover a virtude e prevenir o vício” entre a população, de acordo com a lei da sharia, o que gerou preocupações na comunidade internacional, especialmente por causa das novas restrições às mulheres.

Esta nova legislação tem 35 artigos e controla todos os aspectos da vida dos afegãos, sociais e privados, em uma interpretação ultra-rigorosa da sharia.

A lei “da moral” proíbe também aos homens de usarem shorts acima dos joelhos.

Quatro dos onze atletas afegãos que participaram dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 como membros da equipe nacional do Afeganistão ou da equipe de refugiados, competiram em artes marciais.

No entanto, o MMA não é reconhecido como um esporte olímpico, em parte por razões de segurança.

© Agence -Presse

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