Nos últimos 50 anos, o tratamento de varizes evoluiu significativamente, ando de procedimentos invasivos para técnicas modernas, minimamente invasivas e altamente eficazes. Segundo a Sociedade Internacional de Angiologia, cerca de 30% da população adulta sofre com varizes, e os avanços da medicina vascular trouxeram alívio e benefícios estéticos para milhões de pessoas.
No início do século XX, os tratamentos eram limitados e baseados em cirurgias radicais, como a flebectomia, que removia as veias afetadas. Apesar de eficaz, esse procedimento causava dor intensa, exigia longos períodos de recuperação e apresentava alta taxa de recorrência.
Na década de 1960, a escleroterapia começou a ganhar espaço. Essa técnica consiste na aplicação de uma substância esclerosante dentro das veias doentes, provocando seu fechamento e absorção pelo organismo. O método se tornou uma alternativa menos dolorosa.
Nos anos 90, a chegada da terapia a laser revolucionou o tratamento das varizes. Utilizando energia luminosa para aquecer e selar as veias comprometidas, essa técnica eliminou a necessidade de cortes, proporcionando recuperação mais rápida, menos dor e redução do risco de complicações.
Já nos anos 2000, surgiram a ablação por radiofrequência e a ablação a laser endovenosa, que utilizam calor para fechar as varizes internamente. Guiadas por ultrassom e realizadas sob anestesia local, essas técnicas oferecem menor tempo de recuperação e retorno rápido às atividades cotidianas.
Atualmente, os tratamentos são altamente personalizados. Destaca-se que cada plano terapêutico é elaborado com base na gravidade das varizes, no histórico médico e nas preferências do paciente, garantindo maior segurança e eficácia. O tratamento cirúrgico a laser continua sendo um dos mais modernos, proporcionando menos dor, recuperação mais rápida e cicatrizes reduzidas.
A evolução da medicina vascular reflete a busca contínua por inovação, priorizando a segurança e o conforto dos pacientes.
Dr. Rodolpho Reis, angiologista e cirurgião vascular na Clínica Dr. Rodolpho Reis