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Exposições

Sol Nascente recebe galeria de arte a céu aberto no aniversário de Brasília

Mais de 100 artistas urbanos ocupam muros e casas da maior comunidade do país com o projeto “Circuito Arte não é Privilégio”

Redação Jornal de Brasília

18/04/2025 5h00

obra de cipriano snupi. crédito da foto rodney suguita

Obra de Cipriano Snupi. – Foto: Rodney Suguita

Brasília vai ganhar um presente especial nesta segunda-feira (21), data em que completa 65 anos: uma exposição de arte urbana a céu aberto na Favela Sol Nascente, maior comunidade do Brasil em número de domicílios. A mostra, com cerca de 1 mil m² de painéis artísticos, reunirá obras de mais de 100 artistas urbanos, muitos deles da própria região.

A ação faz parte do projeto Circuito Arte não é Privilégio, iniciativa do Céu – Museu de Arte a Céu Aberto, idealizado pelo produtor cultural e “artivista” paulista Kleber Pagu. O projeto tem como proposta transformar periferias e áreas degradadas de todas as 27 capitais brasileiras em verdadeiros museus urbanos, com obras que dialogam com a realidade de cada território.

No Sol Nascente, entre os dias 13 e 20 de abril, artistas transformarão o campo de futebol local e as casas ao redor em uma grande galeria de arte ao ar livre. As criações visuais abordarão o cotidiano, as lutas e os sonhos dos moradores, com destaque especial para artistas locais. “Haverá destaque especial para os artistas locais, reafirmando o protagonismo cultural das periferias e a potência criativa do Sol Nascente”, explica Pagu.

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Obra de Cipriano Snupi. – Foto: Rodney Suguita

A exposição é um desdobramento da primeira etapa do circuito, que levou os articuladores culturais de Brasília, Gilmar Satão e Andréia Santos, a uma série de oficinas formativas realizadas em novembro ado na sede da Funarte, em São Paulo. O projeto integra o Circuito Funarte de Artes Visuais Marcantonio Vilaça 2023 e prevê novas ações em Salvador e Belém ainda este ano.

Além da ocupação artística no Sol Nascente, o circuito também estará presente em dois marcos simbólicos de Brasília: o Acampamento Terra Livre (ATL) — maior mobilização indígena do país — e as celebrações oficiais de aniversário da cidade. A proposta é promover imersões em diferentes territórios, unindo artistas, educadores e moradores em redes de troca, afeto e protagonismo coletivo.

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Foto: Rodney Suguita

Participam das ações, além de Kleber Pagu, Gilmar Satão e Andréia Santos, os arte-educadores Frederico Day (Ninguém Dormi) e Daniel Medeiros (Boleta), do coletivo Local Studio, referência em cultura e educação no Beco do Batman, em São Paulo. Eles estarão em Brasília para compartilhar experiências em oficinas e ocupações artísticas.

Com uma programação que mistura obras visuais e atividades formativas, o Circuito valoriza a arte como ferramenta de resistência e transformação social. “Mais do que uma mostra artística, o projeto reafirma o papel da arte urbana e das comunidades como agentes de transformação social, valorizando memórias, tensionando desigualdades e convidando à reflexão sobre o direito à cidade, o pertencimento e a construção de futuros possíveis”, reforça Kleber Pagu.

SERVIÇO
Exposição Circuito Arte Não é Privilégio
Datas: 21 de abril, abertura da exposição
Local: SHSN, Chácara 87 – Campo Sintético, Sol Nascente (DF)

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