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Música

Taís Cardoso une orgânico e digital em álbum de estreia

Com influências da dança contemporânea e referências brasileiras, cantora explora memórias afetivas em faixas que unem violão acústico e experimentações digitais

Aline Teixeira

16/05/2025 5h00

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Capa do single de Taís Cardoso. Foto: Divulgação

Nascida no Rio de Janeiro e radicada em Brasília, Taís Cardoso começou a trilhar seu caminho na música ainda na infância. Atualmente vivendo em Portugal, a artista se aprofundou nos estudos técnicos da área e encontrou, na distância e na introspecção, a atmosfera ideal para compor seu primeiro disco.

“Ao mudar de país, acabei me colocando num lugar mais introspectivo, que favoreceu a imersão no trabalho. Mergulhar na parte técnica do som e me permitir ter o controle na mão, experimentar e errar… tudo isso foi essencial para chegar ao resultado do álbum”, explica. A cantora também destaca a influência de um laboratório de dança contemporânea em Portugal, onde ou a experimentar a música como uma extensão do movimento corporal.

Os dois primeiros singles do disco — Sentir Saudade e Lembra — chegam as plataformas nesta sexta-feira (16). Com o violão como ponto de partida, as faixas propõem um novo caminho criativo para a artista, rompendo com a estética do seu EP anterior. A sonoridade traz uma mistura de elementos acústicos e digitais: violão, guitarra, beats, bateria, percussão e vozes sampleadas se encontram para explorar memórias afetivas em novas camadas.

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Taís Cardoso. – Foto: Aqui Filmes

“O disco é uma proposta, um novo caminho criativo”, define Taís. Entre as referências que marcaram a construção das faixas, ela cita Adriana Calcanhotto e Divan Gattamorta. “A Adriana como referência de emoção e ‘estranheza’, de amor e desconforto… O Divan, na forma de explorar os ritmos. Descobri o som dele procurando músicas para dança contemporânea e me encantei. Não foi intencional uni-los como estética, mas, no fim, percebo como foram fundamentais para o resultado final.”

A fusão entre o real e o digital também se expressa nos detalhes das composições. Em Sentir Saudade, por exemplo, Taís incorporou sons de vídeos da própria galeria do celular, criando atmosferas sonoras que dialogam com a escrita autobiográfica. “O orgânico vem na composição, na canção, no violão acústico — o mesmo que usei no EP de 2022. O digital veio para dar uma nova ‘roupa’ a essas memórias. Cheguei até a samplear minha própria voz para os backing vocals. Foi uma experimentação livre dentro dos limites que eu tinha.”

As duas músicas são, como define a artista, confissões. São lembranças reais que, embora não partam da mesma história, se entrelaçam na trajetória que a levou de Brasília a João Pessoa e, finalmente, a Lisboa. Reinventando diariamente os sentidos de saudade e lembrança, Taís traduz em seus singles a delicadeza da memória e o impacto da mudança.

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