A Promotoria de Los Angeles confirmou hoje que levará na segunda-feira perante os tribunais o caso da morte de Michael Jackson, no qual se prevê que seu médico pessoal, Conrad Murray, acabará sendo acusado, de acordo com um comunicado.
Diante da atenção da mídia despertada pela iminente abertura do processo judicial, que a imprensa local fixava para hoje, o escritório do promotor do condado de Los Angeles decidiu divulgar a data oficial da tramitação perante a corte.
“Não será apresentado hoje o caso da morte de Michael Jackson. Será na segunda-feira, 8 de fevereiro, na Corte do Aeroporto. As informações sobre as acusações e o processo serão divulgadas depois da apresentação do caso”, afirmou Sandi Gibbons, encarregada das comunicações públicas da promotoria.
Dezenas de jornalistas se aglomeravam nesta manhã frente ao tribunal da região do aeroporto internacional de Los Angeles que tem a competência para julgar o caso sobre a morte do ‘rei do pop’. Eles esperavam o comparecimento do médico do cantor com seus advogados para se entregar às autoridades.
Conrad Murray, que atendeu Michael durante seus últimos anos de vida, foi considerado perante a opinião pública o principal responsável pela morte repentina do artista. No entanto, após meses de investigação, a promotoria não apresentou ainda acusações contra o médico, algo que deve ocorrer na segunda-feira.
Tudo parece apontar que Murray será acusado pelo crime de homicídio involuntário por fornecer a Michael os remédios que, segundo a autópsia, mataram o cantor.
Durante esta semana, a divisão antidrogas do condado de Los Angeles e a Polícia mantiveram conversas para determinar de que forma se entregará o médico perante a Justiça. No entanto, segundo explica a imprensa local, não se chegou a um acordo durante as últimas horas.
A divisão antidrogas e os advogados de defesa de Murray querem evitar que Murray seja levado aos tribunais algemado. Mas as autoridades policiais consideram que este é o procedimento padrão em casos de homicídio e não se pode abrir uma exceção.
Se forem confirmadas as acusações, Murray enfrentará um processo penal em que poderia ser condenado a até quatro anos de prisão.
Michael Jackson morreu subitamente em 25 de junho ado por uma “intoxicação aguda” de remédios e sedativos, segundo o relatório legista, que constatou propofol como o motivo da intoxicação.
Nos interrogatórios posteriores, Murray argumentou que Jackson tinha pedido uma série de remédios, entre eles o forte calmante de uso hospitalar propofol, para conciliar o sono e que tomava habitualmente.
O médico assegurou que quando se deu conta da situação, tentou reanimar o cantor e ordenou chamar os serviços de emergência de Los Angeles, os quais transferiram Michael para um hospital da cidade. Pouco depois, foi constatada a morte do artista.